A Comunidade Omariô de Jurema integra, com honra e responsabilidade, a rede nacional dos Pontos de Cultura, por meio do programa Cultura Viva, política pública do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
Os Pontos de Cultura são entidades, coletivos, grupos religiosos, artísticos e comunitários que desenvolvem ações culturais contínuas em seus territórios. Não são equipamentos do Estado, mas sim iniciativas da sociedade reconhecidas pela sua atuação, história e compromisso com suas comunidades.
Criado em 2004, o Cultura Viva inaugurou uma nova forma de política pública cultural no Brasil: em vez de criar estruturas do zero, passou a fortalecer o que já existe, reconhecendo o protagonismo de grupos tradicionais, periféricos, negros, indígenas, quilombolas, urbanos e rurais que mantêm vivas as expressões culturais brasileiras.
A filosofia do programa é simples e profunda: dar condições para que comunidades culturais sigam fazendo o que sempre fizeram — com autonomia, continuidade e visibilidade.
É um modelo que respeita saberes ancestrais, valoriza a memória viva e coloca a comunidade no centro da ação cultural, como sujeito e não objeto.
• ter o reconhecimento público de que nossas práticas culturais e espirituais são patrimônio vivo do território;
• fortalecer a circulação do nosso conhecimento, tradições e modos de fazer;
• ampliar o acesso da comunidade a ações culturais, educativas e formativas;
• reafirmar a importância das casas tradicionais, de matriz africana, como guardiãs de memória, arte, fé e resistência;
• integrar uma rede nacional e internacional de grupos que preservam e criam cultura de forma comunitária.
Para o Omariô de Jurema, ser Ponto de Cultura é afirmar nosso lugar na história e na construção viva da cultura afro-brasileira.
É reconhecer que nossas práticas religiosas, nossos cantos, folhas, danças, culinárias, rituais e modos de existência são também produção de cultura, educação, identidade e comunidade.
É celebrar o que somos, o que herdamos e o que continuamos construindo.
É o país dizendo: isso importa, isso é cultura, isso é Brasil.